segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Me transborde

Sobre assuntos amorosos, sempre temos algo a falar e esta semana ouvi algo que realmente mexeu comigo...
Falávamos sobre pessoas se completarem, serem parceiras, amigas... E eu disse que gostaria de alguém ao meu lado que "fosse a tampa da minha panela"... (mas depois de dissertar sobre o assunto, percebi a bobagem que falei...)
Primeiro que quem tampa: sufoca, aprisiona, fecha. E o que procuramos é exatamente o contrário (pelo menos comigo é assim).
Não queremos virar reféns, ficarmos sem ar, sem ação, trancados... NÃO! Queremos ser plenos de sentimentos, amarmos e sermos amados como somos e da maneira que quisermos e pudermos amar...
Amor é isso: deixar o outro ser quem ele é, na velocidade e maneira que quiser e puder. Respirar, ter espaço, sermos nós mesmos...
Completar o outro, no início, sempre será uma maneira fácil de chegar ao coração do outro, por mais louco que isso pareça ser (parece ser o mais fácil e é. Digo com convicção).
"Eu te completo, você me completa"... Um erro! E é exatamente aí, que o que mexeu comigo entra na história! NÃO! Não devemos procurar alguém que nos complete, e sim alguém que nos transborde... (parece clichê, ja li isso em algum lugar, mas é isso sim! Assim...)
Alguém que faça cada sorriso nosso ser merecedor de alguém (e que este alguém nos faça rir até doer a barriga e as bochechas)... Alguém, que num simples olhar, nos transmita paz, calma, acalanto... Que nos mais simples atos corriqueiros nos surpreenda, provoque taquicardia, tremores pelo corpo... Que permita sermos confiantes, destemidos, corajosos...
Ao falar em transbordar, já pensei numa calda quente de chocolate caindo de um bolo quente delicioso que comi outro dia. Aquilo me fez tão bem que nem pensei nas calorias extras do final de semana... Rs
E no amor é isso que deve acontecer: transbordar nosso coração (mas tanto!) que alaga tudo o que tem em volta, lambuzando e aquecendo nossa alma...
O amor nada mais é que uma calda quente de chocolate que espalha felicidade e sabor à vida. Sem calorias a serem contadas. Sem dieta. Sem "encheção".
E viva o gosto delicioso que isso nos proporciona... Viva!