quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Lua, a saga...

E então ela chegou... Na verdade fomos buscá-la; uma surpresa que nem eu mesma esperava...
Era um sonho antigo meu ter uma Golden Retriever fêmea... São dóceis, amáveis, companheiras, fofas, meigas, etc, etc... (afinal, depois do Johnny, nosso antigo e falecido cachorro, foi praticamente uma imposição minha para o marido: "nosso próximo cachorro será uma "cã", sim, uma "cã"! São mais fáceis de lidar, mais higiênicas, mais calmas, mais, mais, mais...") Aham, ledo engano...
Ela foi adotada e estava com um ano e meio... 3 famílias não a quiseram antes de nós: a primeira, porque mudou para apartamento; a segunda, porque não se sabe (?) e a terceira porque "Ah, ela fugiu 5 vezes pelo portão, ela não para... Nosso cachorro não a deixa em paz..." blá, blá blá...
E assim ela chegou! Chegou não: correu, pulou, se jogou, voou para dentro do carro, entrou como um furacão em nossas vidas!!!! E tomou conta, claro...
Até agora aguardo o pedigree dela... Na verdade, ela nem deve ter isso, e se tivesse, não mudaria em nada nossa decisão. Adotada, sim, adotada: foi o engano mais certo até hoje... (será?) Rs
Ligada no 220 Volts, carente (em seu nível máximo de carência NA VIDA! Carência "sua mão na minha cabeça 24h por dia"), afinal Johnny nos acostumou mal, sabia o momento de parar, ele só queria nossa companhia, ficar do lado, sim, do lado, grudado, mas do lado...
- "Vamos castrá-la, eu pago!" disse o marido... "Ela precisa se acalmar..." Ok, ok, ok, marco para semana que vem...
E voltando da cirurgia, 3 dias de paz. "A veterinária deve ter dado uma dose maior de anestesia, ela está calma demais..." disse o marido. "A cirurgia foi um sucesso, ela voltou calminha..."
Realmente, ela estava calma feito uma almofada... Ufa.
E só durou 3 dias, 72h, ou apenas, 4320 minutos...
Durou pouco... Depois que voltou da anestesia não parou de subir no sofá, descer as escadas, correr pela casa... meu medo era abrir os pontos... Quando eu via, "já foi". Mas os cães tem anjos de guarda, só isso explica.
E assim, Lua castrada continuou a mesma: arteira, agitada, incansável, VIVA! Isso: viva! Vivíssima...
Mas demos um apelido para ela: MARLA! Isso, o contrário do Marley, aquele labrador famoso do filme... Aquele, o pior cachorro do mundo, sabem? Sim, Marla, para não falar "Mala"... Hahahahaha! No linguajar da minha família: ESTRUPÍCIO!
Odeia ficar sozinha, pula (forte) em todo mundo (ela está melhorando...), adora panos de chão, panos de louça, comer papel higiênico e absorventes internos usados (ECA!), rodos, vassouras, meias, calcinhas, borrachas dos carros, pisca-pisca da moto... tudo! (Haja estômago...) Porém, brinquedos e utensílios para sua distração estão completamente intactos... (todos sem nenhum arranhão)
"Ela precisa de uma companhia", "Vamos pegar outro cachorro, quem sabe ela acalma..." Sim, ele me convenceu, afinal, não sabíamos mais o que fazer para ela virar "gente"de verdade...
E adotamos Bernadete: A OUTRA "cã', porém, uma São Bernardo, também sem pedigree. Veio pequena, com 3 meses, "levinha", com seus 21kg... Essa, um sonho do marido, que ~ainda~ não superou a morte do Johhny (um Bernese Mountain Dog, doado por um amigo que foi morar na Espanha e nos deixou de presente...). Raças primas, mesma cara, mesmo jeito, mesma alma... Se tornaram amigas, companheiras, praticamente inseparáveis... Onde uma está, a outra fica por perto... Passear? Juntas... Dormir? Juntas... Hora de comer? Juntas... Na hora da bronca? Sempre juntas... Aprontam juntas, nunca dizem quem começou... e na hora de brigar: tomam bronca juntas, claro! Sempre aprontam juntas! Nem tem vergonha na cara... Mas a saga Lua-Bernadete continua no próximo texto... Tem muita coisa para contar ainda... na verdade, ainda, mal começou...